Após nove anos do
caso dos 17 adolescentes que foram obrigados a pularem no Rio Capibaribe,
provocando a morte de dois por afogamento, um tenente Polícia Militar de Pernambuco,
envolvido no caso, foi a júri popular nos dias 14 e 15 de julho, no Fórum
Desembargador Rodolfo Aureliano.
O acusado comandava
um grupo de policiais militares no dia do acontecimento. Por esta razão, ele
foi levado a julgamento por ser um dos motivadores do caso. Na ocasião, ele foi
condenado a 150 anos de reclusão, mas irá recorrer em liberdade.
Esse
é mais um capítulo da luta contra a violência que tem como vítimas crianças e
adolescentes. Neste caso emblemático, contra àqueles que se utilizam do aparato
do Estado para praticar a violência, mais especificamente adolescentes e jovens
da periferia.
Imagem:
Wagner Moura/DP
O
caso
Foi no carnaval de
2006 que 17 adolescentes foram torturados por policiais militares do Estado
de Pernambuco. Eles estavam próximo ao Cais de Santa Rita seguindo para o Marco
Zero, onde assistiriam a um show. Logo após foram abordados pelos PMs, em
seguida colocados nas viaturas. Os policiais seguiram com os
adolescentes até a Ponte Joaquim Cardoso, lá foram torturados
e obrigados a pularem no Rio Capibaribe, colocando todos em situação de risco, vindo a ocasionar o
afogamento e morte de dois adolescentes que não sabiam nadar.
Durante o caso, o
Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) esteve atuando
no
processo representando
as famílias das vítimas
como assistente de acusação do Ministério Público de Pernambuco (MP/PE)
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