Para
marcar o Dia Internacional de Lutas contra a Copa (15 de maio), conhecido como
15M integrantes de diversas organizações sociais em Pernambuco estarão
realizando hoje uma ação contra as injustiças nas obras de mobilidade e da
construção da Arena Pernambuco. O local escolhido foi o terreno no Loteamento
São Francisco (Camaragibe) onde mais de 200 famílias foram desapropriadas para
as obras ainda não realizadas de ampliação do TI de Camaragibe e do Ramal da
Copa.
Inspirados
pelo Encontro Nacional dos Atingidos(as) por Megaeventos ocorrido em Belo
Horizonte, no início de maio, representantes dos removidos, estudantes,
representantes de movimentos sociais e de sindicatos estarão nas ruas contra
violações da Copa e todos os processos que hoje levam à tentativa de construção
de um projeto de cidade cada vez mais excludente e privatista. O local foi escolhido
também por ter sido onde usuários de transporte público se confrontaram com a
polícia na semana passada.
Três
temas foram acertados como principais a serem denunciados em Pernambuco, as
mais de 2.000 remoções injustas para as obras de mobilidade e da Cidade da
Copa, a tensão social criada entre os cerca de 7.000 comerciantes do Centro
pela incerteza da realização da Fifa Fan Fest e a denúncia do mal funcionamento
das obras viárias, que deveriam ter melhorado o transporte na Região
Metropolitana do Recife. Além disso, também deve ser crucial a questão do
divulgação do valor da Arena Pernambuco e da cessão de terreno para a Cidade da
Copa e do respeito ao direito de manifestação.
Local de
um grande protesto na semana passada, o Terminal Integrado de Camaragibe fica
ao lado do terreno em que cerca de 200 famílias foram removidas do Loteamento
São Francisco. Lá, haverá uma homenagem aos desapropriados que faleceram
tentando receber as indenizações a que tinham direito e sofreram com o estresse
e a depressão causada pela situação, que teria levado segundo o Comitê Popular
da Copa pelo menos sete pessoas ao falecimento.
O Comitê
Popular da Copa solicitou no ano passado ao candidato à presidência da
República, Eduardo Campos, e neste ano ao governador João Lyra Neto que as
famílias sejam atendidas em audiência para relatarem o sofrimento que vêm
passando e nunca foram atendidos pelos políticos. Diante da falta de diálogo
com o poder público estadual, a decisão dos coletivos foi de ir às ruas para
denunciar a situação, a partir das 15h, nesta quinta-feira, com concentração no
terreno ao lado do Terminal Integrado de Camaragibe.
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