sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cendhec entra com representação contra candidato à Deputado Federal

O CENTRO DOM HELDER CAMARA DE ESTUDOS E AÇÃO SOCIAL (CENDHEC), entidade de defesa e promoção dos Direitos Humanos, encaminhou nesta sexta-feira (27 de agosto), a Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco, uma representação contra o candidato à Deputado Federal, EDMAR DE OLIVEIRA, filiado ao Partido Humanista da Solidariedade (PHS), integrante da Coligação É PERNAMBUCO, da FRENTE POPULAR DE PERNAMBUCO. O candidato vem defendendo através da campanha eleitoral, a proposta da implantação da pena de morte no Brasil.

Edmar de Oliveira vem divulgando panfleto em que consta estampada a fotografia de uma pessoa suspeita de haver cometido um grave crime, sob as manchetes ‘Pena de Morte, SIM!’; ‘Torturou, matou, esquartejou e deu para os cães comerem’; ‘Estuprou e matou a própria sobrinha’ e outras imagens e frases sensacionalistas, ilustradas com tintas vermelhas representando ‘sangue’. O candidato também defende na sua campanha outras questões polêmicas, como a prisão perpétua, a castração química; o fim da progressão de pena e a redução da maioridade penal.

Na carta, o Cendhec enfatiza que “o candidato promete o que não pode fazer: instituir a Pena de Morte. Induz o eleitor ao erro e incita as pessoas a fazerem justiça com as próprias mãos. Assim sendo, prega a selvageria, propõe uma sociedade sem leis, restando as vítimas da violência a alternativa de recorrerem a vingança privada como solução dos conflitos e dramas pessoais”.

Para o Cendhec, essa proposta se constitui em uma verdadeira afronta aos princípios dos Direitos Humanos, reafirmados na Constituição Federal, no Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), bem como Tratados e Convenções Internacionais do qual o Brasil é signatário. “O candidato poderia assumir uma postulação em consonância com os Direitos Humanos, manifestado sistematicamente na solidariedade a todas as vítimas da violência e propor que seja evitada de todas as formas a impunidade, inclusive a reformulação da legislação pertinente”.

O Cendhec está recorrendo à Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco, no sentido de que seja determinada a suspensão de sua candidatura ou pelo menos a abstenção de fazer sua propaganda eleitoral alicerçada no incitamento à violência. Requer ainda, que seja observado o que dispõe o art. 1º e 5º da Constituição Federal que explicita a defesa dos direitos e garantias individuais.

Além da representação, encaminhada à Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco, através do Protocolo 42.727/2010, o CENDHEC encaminhou também carta aos candidatos majoritários da Frente Popular de Pernambuco (Eduardo Campos, Humberto Costa e Armando Monteiro Neto) e aos presidentes dos Diretórios Estaduais dos 15 partidos que integram a coligação. Nessa carta, o Cendhec manifesta sua indignação e solicita que o candidato tenha a sua candidatura suspensa pela coligação, caso continue a fazer tais propagandas atentatórias aos Direitos Humanos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Audiência discute o PNDH 3 na Câmara Municipal do Recife


Foi realizada na quarta-feira (18 de agosto), na Câmara Municipal do Recife, uma audiência pública que discutiu o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3). O evento reuniu representantes do Governo do Estado, Prefeitura do Recife, Ministério Público, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, movimentos sociais e alunos da rede estadual de ensino.

Coordenada pela Comissão de Direitos Humanos, representada pela vereadora Aline Mariano, a audiência teve a participação do diretor da Secretaria Nacional de Promoção da Defesa dos Direitos Humanos, Erasto Fontes, anunciou a instalação do Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3, no Recife. O Cendhec foi representado pelo coordenador-adjunto Marcelo Santa Cruz.

O PNDH-3 foi concluído em dezembro de 2009 e instituído através de um decreto presidencial. O programa com mais de 300 páginas se divide em seis eixos orientadores: Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil, Desenvolvimento e Direitos Humanos, Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades, Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate a Violência, Educação e Cultura em Direitos Humanos, Direito à Memória e à Verdade.